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Aulas de canto Maria João Carmo, dá aulas no seu estúdio em Arnhem na Holanda. Desde 2020, viu-se na contingência de ter de dar aulas de canto via skype ou zoom, e embora a pandemia felizmente esteja a tomar uma dimensão menor mantem-se esta opção para alunos que ainda o desejem. A experiência pedagógica e didáctica é já de longos anos. Maria João distingue rapidamente dificuldades vocais e nesse mesmo momento aponta qual a razão das mesmas dando imediatamente exercícios indicados ou conselhos apropriados personalizados, solucionando os problemas dos seus alunos, Ao longo da pandemia isto aconteceu mesmo nas aulas via chamada de video, cujas condições inevitavelmente são menos optimalizadas para tal. Apesar disto houve um progresso muito significativo dos alunos em termos técnicos, sendo que os alunos em geral se encontravam até mais relaxados nas suas próprias casas, o que ajuda naturalmente a actividade do instrumento vocal e do corpo ao cantar. A pandemia veio demonstrar esta particulariedade, mesmo considerando que não seja uma situaçcão ideal, mas que obteve resultados surpreendentemente positivos no processo de evoluçcão técnica dos seus alunos. Maria João dá preferência didática ao estilo lírico. Contudo aceita alunos que queiram aprender a cantar em outros estilos musicais. Uma vez que técnicamente todos os “sons” são possiveis de imitar e sabendo que os conceitos da técnica clássica constituem a base para uma actividade vocal saudável, Maria João usa esta técnica como ponto de partida nas suas aulas, seguindo para “direções” diferentes de acordo com as nuances de estilo necessárias aquando da performance dos outros estilos, que não o da música erudita e lírica, quando tal for pedido pelos alunos. A abordagem e desenvolvimento estético de música pop, ligeira, jazz, moderna, fado, bossa-nova, blues, fusão de estilos e outros tipos de música, são deste modo possíveis na classe de canto de Maria João.
Método de canto Maria João tem como base para o desenvolvimento vocal dos seus alunos o uso das qualidades vocais existentes que cada um deles possui e o descobrir de como superar as suas características técnicas ou interpretativas menos vantajosas no uso vocal, com vista a um resultado que dê prazer tanto ao aluno em causa como aos seus ouvintes e público. O objectivo é a obtençcão de conhecimentos técnicos suficientes e de ferramentas práticas para atingir uma destreza vocal operacional, eficiente e saudável de modo a que o canto seja confortável, simples e uniforme para cada aluno e para cada voz em todos os seus registos e nuances dinâmicas e que culmine em beleza, sensibilidade e dramatismo na expressão musical e interpretativa dos alunos ou cantores. A par desta aprendizagem segue-se a assimilação e conscencialização, que advém do treino vocal, de preferência semanal. Mais tarde dá-se a automatização, após repetição exaustiva daquilo que se aprende correctamente e conscencializa. Este é o momento em que o próprio aluno se torna o seu próprio professor sabendo cada vez mais depressa o que se passa e dando mostras cada vez mais rápidas e eficientes de um correcto uso do seu canto e da sua voz, obténdo capacidades cada vez mais imediatas de correção do que (ainda) não está completamente correcto e assegurando aquilo que já domina. Desta forma cada aluno sentirá cada vez mais confiança naquilo que o ajuda no seu canto, pelo que a positividade e o prazer de cantar nas aulas se torna exponencialmente maior. É precisamente quando se sente ter segurança e confiança de que a técnica vocal aprendida se automatizou através da reflexão pessoal daquilo que se deve sentir ou fazer e paralelamente do que não se deve sentir nem fazer quer seja vocal, física ou mentalmente, que se percebe que o aluno está (quase) pronto para “voar” sozinho, embora um cantor precise sempre de alguém que do lado de fora do seu próprio instrumento o ajude quando algo escapa. Ë por esta razão que Maria João dá feedback a todo o momento de modo a que o aluno sinta, em tempo real, o progresso e evolução da sua técnica vocal e consiga corrigir as falhas e progredir nas aprendizagens. Todas as dimensões referentes ao canto são tomadas ao detalhe e explicadas duma maneira personalizada, de acordo com o nível e o grau que o aluno mostra a nível do seu conhecimento e capacidades de execução do canto. São essas dimensões: postura, respiração, produção sonora básica (ataque e ressonância das vogais puras sem texto em todas as alturas, desde as notas graves às notas agudas(feitas na língua, ou lábios ou que usem o ar a seco ou ar com som, etc), articulação (do texto), produçcão sonora aliada à dicção do texto cantado (que prejudica muitas vezes a produçcão sonora básica, distinguindo diferentes formas de executar as consoantes inicialmente por si só e mais tarde associando as consoantes as vogais procurando que a ressonância das vogais nãose perca, ou seja, descobrindo a melhor maneira de como aliiar estas duas facetas do texto numa melodia sem prejudicar a produçcão correcta da voz), dinâmica, agógica, interpretação, tradução (do texto) e contexto (das obras), etc. Para todos este pontos, e outros pontos aqui não referidos (ritmo e particulariedades de composição, etc) Maria João tem a preocupação de ensinar quais os locais do instrumento vocal (ou do corpo) onde existe acção e qual a função vocal activada por essas mesmas partes do corpo, em que é feita essa mesma acção e simultâneamente quais os locais onde a descontração muscular é importante. Pequenos pormenores que parecem não importar, como os joelhos, que deverão estar livres e não fechados nem bloqueados, ou o pescoço que deve também estar livre e mais caído do que subido são factores que podem tornar o acto de cantar menos agradável. Os erros mostram o que há a ser feito, pelo que não há qualquer problema em faze-los, sendo até sempre bem-vindos pois é com eles que se aprende. Maria João aproveita estes momentos mantendo uma crítica positiva através de um feedback atempado e real do que se vai passando nas aulas, minuto a minuto, nota a nota, frase a frase, erro a erro ou preferencialmente sucesso atrás de sucesso. Em resumo desta maneira obtém-se uma técnica vocal sistemática e estável unindo-se às capacidades artísticas pessoais de cada aluno resultando num canto não só correcto e saudável como esteticamente bonito tanto a nível técnico e artístico como a nível musical e interpretativo. Além disso, a “ ïdeia” que se tem de que no canto tudo o que está 'errado' impedindo ou dificultando o canto, deverá ser eliminada, pois não está lá muito correcta, uma vez que não é assim tão simples erradicar hábitos de anos a fio que não resultavam e podem destruir o canto e o cantor. Os maus hábitos não se podem erradicar de um dia para o outro, podem também eles frustrar de tal maneira um cantor que o deixe sem calma para avançar, pois os músculos do corpo têm uma memória muito longa e persistente, o que poderá dar azo a uma luta sem fim e sem tréguas. A melhor maneira será até nem dar muita importância e contornar esses erros mas sem compensar com novos erros, claro, Não é pela pura negação de algo que está errado que a técnica evolui (também, mas não apenas) mas sobretudo pela apresentação de soluções que tirem a atenção dos problemas e desses mesmo erros e que canalizem a energia para a positividade e não para bloqueios. Não focalizar nos problemas mas apresentar soluções práticas com optimismo e entusiasmo. E é certo que o que para um cantor faz sentido para outro pode ser errado, uma vez que características fisicas, anatómicas e comportamentais variam muito de pessoa para pessoa nas formas de como sentir, de como praticar uma mesma técnica e, por vezes, até a maneira de como explicar por palavras tem de ser diferente de aluno por aluno. Outras vezes é a combinação de várias abordagens que ajudará o aluno, devendo este sentir qual delas será a mais confortável e indicada para o seu corpo e mente. Daí a importância de dar variadas soluções uma vez que cada aluno sente por vezes de maneira diferente, ou tem por vezes novas sensações das que já sentiu anteriormente relativamente a explicaçcões já ouvidas. É por isso que na classe de canto de Maria João uma aula de canto, nunca será igual a nenhuma outra e por essa razão que Maria João regista todo o trabalho feito com cada aluno por lição em mapas individuais de evolução no canto. Cada cantor tem um progresso único. Os alunos podem sempre gravar as aulas e eventualmente pode-se gravar a voz de Maria João com exercícios apropriados para cada aluno ou para cada obra a executar. Desta forma a aprendizagem realiza-se não apenas na aula mas prolonga-se em casa, no carro, no trabalho ou em férias, por cada vez que o aluno ouve ou (re)vê as gravaçcões das aulas. A conscencialização e o automatismo da técnica vocal desenvolvem-se mais depressa desta maneira. Sem esta ferramenta os alunos chegam a casa e por vezes torna-se difícil sem a “manipulaçcão” da professora no terreno, conseguir repetir da forma como foi feito na aula de canto, sobretudo nas primeiras semanas, meses ou anos de aulas quando tudo é “novo”. É que há sempre 50% de hipóteses para se fazer bem em casa soziho e 50% de chances para se fazer errado, uma vez que por vezes os exercícios revelam novidades com pormenores de detailhe que são difíceis de avaliar e de reproduzir correctamente sem o feed-back da professora de canto. Em cada aula, as soluções são apresentadas por meio de demonstração, apresentação e audição bem como imitação de como deve ou não ser feito, explicação (científica), apoio de outras actividades (Yogga, Técnica Alexander, meditação, chakras) imagens (Ying e Yang) e paralelismos com outras situações da vida comum (Comer, cheirar) ou emoções (triste, feliz, chorar, rir, gritar, declamar) ou uso de movimentos de outros desportos (ballet, trampolim, etc) ou truques das artes do teatro e apresentaçcão em palco. E, claro, com exercícios vocais de técnica ou interpretação imaginados à medida das necessidades de cada aluno e naturalmente através da aprendizagem de repertórios próprios para os alunos em questão. A partir daqui e com coragem para cantar, pode ser aprendida uma boa técnica básica e todos podem entusiasmar-se e motivar-se muito na aula quando a voz cantada se liberta e atinge o ponto de ressonância livre (cavidades bocais, pulmunares e nasais e cabeça em geral) em ligação ao mecanismo vocal, (músculos abodominais/diafragma, inalação, espaço livre na região oro-faringea e pulmonar e boa respiração como se o ar caísse na barriga. No início os alunos entram num treino sistemático ainda não podendo automatizar a técnca mas em breve o aluno estará prestes a explicar a técnica correta com suas próprias palavras, sendo este o passo final que se pretende, de o aluno automatizar e conseguir conscientemente identificar a sua própria tecnica. Tudo está pronto para ser reproduzido sem problemas. Isso requer paciência, confiança, abertura, relaxamento e feedback positivo de ambos os lados. São aspectos importantes que podem agilizar e melhorar o processo. Sinto-me realizada por conseguir ensinar a cantar. Na minha classe de canto há espaçco para todos os tipos de alunos, desde quem nunca teve aulas de canto ou nunca cantou, até colegas cantores profissionais que me pedem ajuda de modo ao seu desenvolvimento nesta profissão. |
O “lema” de Maria João “Todos conseguem cantar
mesmo que no ínício o não pareça. O nível dos alunos, o grau de conhecimento ou de experiência vocal dos mesmos não é relevante. O essencial é o aluno querer ou gostar de cantar. Deste modo Maria João dá aulas tanto a um iniciante como a um profissional, Todos são bem vindos, com ou sem conhecimento de solfejo ou de leitura de notas e com ou sem experiência vocal. As aulas podem ser individuais, em grupo ou corais.
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